Quem planeja visitar Fernando de Noronha precisa, antes de mais nada, ficar por dentro das taxas obrigatórias cobradas na ilha. Em 2025, continuam existindo duas principais tarifas: a Taxa de Preservação Ambiental (TPA), cobrada por dia de permanência, e o ingresso do Parque Nacional Marinho, administrado pelo ICMBio. É importante saber como elas funcionam para evitar surpresas e garantir que tudo seja feito dentro das normas ambientais.
Nas minhas viagens a Noronha, aprendi que uma das primeiras preocupações do visitante costuma ser: “Será que vou pagar caro demais?”. A resposta é que sim, viajar para Fernando de Noronha não é barato, mas a experiência (e a consciência de estar ajudando a preservar) faz valer cada centavo. Vamos aos detalhes!
1. Taxa de Preservação Ambiental (TPA)
a) O que é e por que é cobrada?
A TPA existe para limitar o fluxo de turistas e arcar com os custos de conservação do arquipélago. Lembre-se que Noronha possui um ecossistema único, com capacidade limitada para suportar visitantes sem desequilibrar a natureza local.
b) Valor em 2025 e Cálculo
O valor exato pode variar conforme ajustes governamentais, mas para 2025, a referência está em torno de R$ 101,33 por dia (com tendência a sofrer reajuste anual). Funciona assim:
- Fórmula cumulativa: Quanto mais dias você fica, maior a taxa total.
- O pagamento se inicia a partir do momento da sua chegada e segue de forma progressiva até o dia de saída.
Exemplo: Se você ficar 5 dias, o sistema calcula automaticamente cada dia adicional e soma ao total.
Dica: Confira o valor atualizado no site oficial do Governo de Pernambuco ou da Administração da Ilha. Assim, você não se pega de surpresa com reajustes de última hora.
c) Como Pagar a TPA
- Online: Acesse o site oficial de Noronha antes de viajar. Basta preencher um formulário com seus dados e emitir o boleto.
- No Aeroporto: Se preferir, pode pagar ao desembarcar. Mas isso costuma gerar filas, então recomendo fazer a quitação antecipadamente.
Você deverá apresentar o comprovante (impresso ou digital) ao desembarcar no aeroporto de Fernando de Noronha.
d) O que acontece se eu ficar além do planejado?
Caso decida estender sua estadia, é preciso regularizar sua situação pagando pelos dias adicionais no mesmo site ou escritório local. Ficar na ilha sem a TPA em dia pode resultar em multa e até complicações na hora de retornar (há fiscalização na saída).
2. Ingresso do Parque Nacional Marinho (ICMBio)
Além da TPA, a maior parte das praias mais famosas de Noronha (como Sancho, Baía dos Porcos, Sueste e Leão) fica dentro do Parque Nacional Marinho, administrado pelo ICMBio.
a) Por que preciso do Ingresso?
Sem o Ingresso do Parque, você não consegue acessar boa parte das atrações imperdíveis da ilha. As taxas cobrem projetos de proteção à fauna e flora e a manutenção de trilhas e centros de visitação.
b) Valor em 2025 e Validade
Para turistas brasileiros, o ingresso anual custa em torno de R$ 186,50 (valor estimado, pois costuma ter reajustes). Já para estrangeiros, o preço geralmente é quase o dobro, por volta de R$ 373. Esse ingresso tem validade de até 10 dias.
Obs.: Quem visita Noronha mais de uma vez no ano pode usar o mesmo ingresso (dentro de 10 dias consecutivos). Se passar esse prazo, é preciso comprar outro.
c) Como comprar
- Online: Pelo site do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, gerenciado pelo ICMBio. Você imprime o voucher ou apresenta o QR code.
- Presencialmente: Nos Postos de Informação e Controle (PICs) da ilha, como o do Sancho ou da Praia do Sueste.
Dica: É comum as filas serem grandes na alta temporada. Tente adiantar sua compra online para poupar tempo e já chegar com tudo resolvido.
d) Regras de Acesso
Algumas praias e trilhas — por exemplo, o acesso à Baía dos Porcos — têm limite de visitantes por horário e exigem agendamento prévio, especialmente na maré baixa. Fique atento ao cronograma divulgado pelo ICMBio (que muda mensalmente conforme a tábua de marés).
3. Como as Taxas São Divididas
- TPA: Vai para a Administração do Arquipélago e é utilizada em coleta de lixo, saneamento, infraestrutura de serviços e, principalmente, na preservação ambiental.
- Ingresso do Parque: Gerido pelo ICMBio, custeia projetos de monitoramento da vida marinha, manutenção de trilhas, sinalização e ações de proteção de espécies endêmicas.
4. Dicas Práticas para Evitar Problemas
- Pague antecipadamente a TPA: Você ganha tempo no aeroporto e evita filas.
- Imprima (ou salve no celular) todos os comprovantes: Tenha-os à mão para mostrar sempre que solicitado.
- Verifique a validade do ingresso do Parque: Ele é válido por 10 dias a partir da primeira utilização. Se seu roteiro ultrapassar 10 dias, terá que renovar.
- Agendamento de Trilhas: Algumas exigem reserva via site do ICMBio ou pessoalmente nos PICs (Trilha do Atalaia, por exemplo). Antecipe-se.
- Fique de olho em eventuais mudanças de regras: O Governo de Pernambuco e o ICMBio podem atualizar valores e normas sem muito aviso. Acompanhe fontes oficiais.
5. Perguntas Frequentes
Não. Mesmo que você fique só uma noite, a TPA é cobrada a partir do desembarque até o momento do embarque de saída.
Sim, comumente todos, independentemente da idade. Consulte exceções no site oficial.
Idosos (acima de 60 anos) normalmente têm acesso gratuito em parques federais. Estudantes de instituições públicas às vezes ganham desconto. Confira as regras atualizadas do ICMBio.
É só pagar a diferença no Posto de Controle ou site. O sistema calcula a diferença automaticamente.
Pagar as taxas de Fernando de Noronha em 2025 pode parecer um obstáculo, mas lembre-se de que esse dinheiro sustenta a preservação de um dos lugares mais especiais do Brasil. Com a Taxa de Preservação Ambiental (TPA), a ilha consegue manter o equilíbrio do seu ecossistema, limitando o número de visitantes e financiando infraestrutura básica. Já o Ingresso do Parque Nacional Marinho, cobrado pelo ICMBio, viabiliza o cuidado das praias e trilhas mais famosas, garantindo que sua experiência seja segura e inesquecível.
Minha sugestão? Planeje com antecedência, pague as taxas online se possível e aproveite cada minuto nesse paraíso natural. Fernando de Noronha é um destino que exige certo investimento, mas a emoção de ver tartarugas marinhas de pertinho, mergulhar em águas incrivelmente cristalinas e testemunhar pôr do sol único faz tudo valer a pena.
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