Bariloche: Guia Completo de Viagem com Dicas, Experiências e Encantos da Patagônia Argentina
Visitar Bariloche é como entrar em um cenário de cartão-postal: montanhas cobertas de neve, lagos cristalinos, floresta de ciprestes e uma atmosfera que mistura o charme europeu com a hospitalidade argentina. Eu sempre ouvi falar sobre os cerros nevados e a famosa “torta de chocolate” de Bariloche, mas confesso que só entendi de verdade o fascínio do lugar quando pisei na Patagôniapela primeira vez. Neste guia, compartilho minhas impressões e dicas práticas para você aproveitar o melhor de Bariloche: desde a época ideal para esquiar até aonde comer um delicioso chocolate quente com vista para o lago. Vamos nessa?
1. Quando ir a Bariloche
Verão (dezembro a março)
Clima: dias mais longos e temperatura amena (entre 15°C e 25°C).
O que fazer: trilhas, esportes aquáticos no Lago Nahuel Huapi, passeios de barco e vistas incríveis sem neve.
Inverno (junho a setembro)
Clima: frio intenso (pode chegar a temperaturas abaixo de 0°C).
O que fazer: estação de esqui Cerro Catedral bombando, passeios na neve (snowmobile, raquetes) e aquela sensação de estar em uma “cidade suiça” da Argentina.
Outono e Primavera (abril, maio, outubro e novembro)
Clima: intermediário, com dias ora frios, ora amenos. Menos turistas.
O que fazer: ver a coloração das folhas no outono e as flores na primavera. Preços de hospedagem um pouco mais baixos em relação ao pico da alta temporada.
Minha percepção: Ideal para quem quer fugir das multidões. Em maio, consegui aproveitar trilhas quase vazias e tirar fotos belíssimas da vegetação avermelhada e ainda peguei alguns dias com neve, contudo, não é o normal!
2. Como Chegar a Bariloche
Avião: O Aeroporto Internacional Teniente Luis Candelaria recebe voos diretos de Buenos Aires e algumas rotas sazonais do Brasil. Se não conseguir voo direto, faça conexão na capital argentina.
Carro: Se você já estiver pela Patagônia, alugar um carro pode ser ótimo para explorar os arredores. Mas lembre-se das condições das estradas, especialmente no inverno.
Ônibus: De Buenos Aires a Bariloche, a viagem dura em torno de 20 horas (há serviços leito bem confortáveis, mas é uma jornada longa).
Dica Pessoal: Prefiro voar até Buenos Aires, passar uns dias por lá e, depois, seguir de avião até Bariloche. É mais rápido e, se planejar com antecedência, as passagens não saem tão caras.
3. Onde Ficar em Bariloche
Bariloche tem opções para todos os bolsos — desde hostels charmosos até hotéis 5 estrelas com vista para o lago.
Centro da Cidade (Calle Mitre e arredores)
Ótimo para quem quer ficar perto de restaurantes, lojas e da vida noturna.
Ideal se você quer fazer tudo a pé, mas lembre-se de que estacionar é difícil.
Avenida Bustillo
Aqui se concentram muitos hotéis com vista para o Lago Nahuel Huapi.
Se estiver de carro, é prático e você fica mais perto dos cerros e das atrações a oeste da cidade.
Região de Cerro Catedral
Se o seu foco é esquiar no inverno, ficar na base do Cerro facilita o deslocamento.
No verão, há um clima mais “montanha” e proximidade das trilhas.
Onde fiquei: Num AIRBNB do Centro Cívico. Acordar e ver aquele lago azul foi algo que me fez querer esticar a estadia. E de noite, bastava andar uns poucos passos para jantar no centro sem grandes problemas.
4. O que Fazer em Bariloche
4.1 Cerro Catedral
Por que visitar: Maior centro de esqui da América do Sul, com pistas para iniciantes e avançados.
Dica: Mesmo se não for esquiar, vale subir de teleférico para admirar a vista panorâmica dos lagos e montanhas.
Experiência Pessoal: Fui em maio e por sorte caiu uma nevasca semanas antes, então estava coberto de neve, inclusive já dava para esquiar.
4.2 Circuito Chico
Por que visitar: É o passeio clássico para conhecer mirantes, lagos e pontos turísticos como o Hotel Llao Llao e a Capela San Eduardo.
Como fazer: De carro alugado ou em excursão guiada; o circuito tem cerca de 60 km.
Destaque: Mirante do Lago Moreno e da Península Llao Llao. Rende fotos espetaculares.
4.3 Cerro Campanario
Por que visitar: Considerado por muitos o melhor mirante de Bariloche.
Como subir: Teleférico ou uma trilha curta (mas íngreme).
Minha impressão: A vista 360° dos lagos Nahuel Huapi e Perito Moreno é de cair o queixo. Prepare a câmera!
4.4 Lago Nahuel Huapi
Por que visitar: Coração de Bariloche, com passeios de barco até a Isla Victoria e o Bosque de Arrayanes.
Atividades: Kayak, stand-up paddle ou simples contemplação em algum píer.
Dica: Passeio de barco até Puerto Blest, para ver uma das paisagens mais bonitas da região.
4.5 Cerro Otto
Por que visitar: Tem uma confeitaria giratória no topo (sim, ela gira devagar enquanto você degusta um chocolate!).
Acesso: Teleférico sai de uma base próxima ao centro.
5. Onde Comer
Bariloche é famosa pelo chocolate e pela carne argentina:
Rapanui: Fábrica e loja de chocolate supertradicional. Não deixe de experimentar o chocolate quente.
Mamuschka: Outra marca famosa de chocolates, com embalagens fofas e chocolates artesanais deliciosos.
La Fonda del Tío: Para quem quer provar parrilladas e milanesas gigantes sem gastar tanto.
El Boliche de Alberto: Tradicional casa de carnes com cortes argentinos.
Cervecería Manush ou Cervecería Blest: Se curte cerveja artesanal, vá para um happy hour com empanadas ou pizzas.
Dica Pessoal: Se você é formiguinha como eu, guarde espaço na mala para trazer alguns pacotes de chocolate de Bariloche. Vale cada centavo!
6. Vida Noturna e Compras
Centro Cívico: Ponto de encontro, com restaurantes, bares e lojas de souvenires.
Calle Mitre: Principal rua do centro, concentra confeitarias, pubs e lojas de roupas de inverno.
Baladas: Não é o foco de Bariloche, mas há alguns pubs e boates espalhados no centro. Se você curte música ao vivo, pergunte nos bares locais — sempre tem algo rolando.
7. Dicas Práticas para uma Viagem Tranquila
Leve Roupas Adequadas
No inverno, aposte em segunda pele, casacos impermeáveis e luvas. Se preferir, alugue roupas específicas de neve por lá.
No verão, lembre-se de casacos leves, pois as noites costumam ser frias.
Câmbio
Considere levar pesos argentinos ou dólares para trocar localmente. Algumas lojas aceitam cartão, mas sempre cheque a cotação do dia. Eu troquei reais em Buenos Aires na Western Union.
Transporte Interno
Se ficar no centro, dá para fazer muita coisa a pé ou de táxi. Se quiser explorar os arredores (Circuito Chico, cerros), alugar carro pode ser mais confortável e minha dica pessoal.
Seguro Viagem
Bariloche tem muitas atividades de aventura (esqui, trekking), então é prudente ter um seguro que cubra esportes de neve e possíveis acidentes.
Reserve Antecipadamente
Se a viagem for no inverno, estacione no Cerro Catedral, ingressos para teleférico e aulas de esqui podem se esgotar rápido.
O mesmo vale para hotéis que ficam próximos às estações: quanto antes reservar, melhor tarifa encontra.
Veredito final
Bariloche combina natureza, gastronomia, cultura e aventura em um só destino. Seja você um apaixonado por esportes de inverno, um trekker de primeira viagem ou apenas alguém que deseja relaxar à beira de lagos de cor esmeralda, esta cidade da Patagônia argentina tem tudo para encantar. Minha dica final? Vá de coração aberto — e com a mala meio vazia para os chocolates que vão te conquistar!
Se você tem dúvidas ou já visitou Bariloche e quer compartilhar suas dicas, deixe seu comentário abaixo. Boa viagem e aproveite cada momento nesse pedaço encantado da Argentina!
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