Palácio de Versalhes
O Palácio de Versalhes é o castelo mais espetacular da Europa e fica cerca de 30 km do centro de Paris.
Normalmente no topo da lista qualquer roteiro em Paris, o Palácio de Versalhes e seus jardins são facilmente visitados em um bate e volta de um dia da Cidade Luz.
Nenhum outro lugar no mundo pode igualar a combinação de beleza deslumbrante, significado histórico e extravagância exagerada do Palácio de Versalhes.
Aberto para visitas desde 1793, atualmente o Palácio de Versalhes recebe cerca de 15 milhões de visitantes por ano.
Depois de ver Versalhes, você provavelmente não ficará surpreso ao saber que Luís XIV colocou a França no caminho de uma eventual falência e revolução quando a criou.
Hoje, é difícil perceber que esta vasta propriedade digna do “Rei Sol”, como Louis gostava de ser chamado, começou como um simples pavilhão de caça.
A melhor forma de garantir o seu ingresso para visitar o Palácio de Versalhes é comprando online, sendo que se você comprou o Paris Pass ou o Paris Museum Pass, a entrada é gratuita (aliás, essa é uma boa forma de economizar em Paris).
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Dentro do Palácio de Versalhes, salas totalmente restauradas, como os suntuosos apartamentos do rei e da rainha, a imponente Grande Capela com seu teto abobadado de tirar o fôlego e órgão de tubos dourado e, claro, o deslumbrante Salão dos Espelhos oferecem muitos motivos para você realizar esse bate e volta de Paris.
Além disso, há muito mais para ver no interior do palácio, além de restaurantes elegantes onde você pode relaxar durante uma refeição e saborear a bebida favorita de Maria Antonieta: “chocolat chaud” (chocolate quente).
Mas o palácio, por mais magnífico que seja, ocupa apenas uma pequena parte da imensa propriedade de mais de 800 hectares do castelo que hoje podem ser explorados pelos seus visitantes.
Dois outros castelos menores (o Grand Trianon e o Petit Trianon), vastos jardins repletos de inúmeras estátuas e fontes, um espelho de água de um quilômetro e meio chamado Grande Canal e até mesmo uma réplica de uma pequena vila francesa criada para Maria Antonieta e seus amigos são algumas das atrações que você não pode deixar de visitar.
A lista a seguir fornece apenas uma pequena amostra das muitas coisas para fazer no Palácio de Versalhes – dentro, no jardim e em outros lugares da propriedade. Você certamente encontrará muito mais coisas para ver e fazer no castelo.
De longe, a vista mais famosa dentro do Palácio de Versalhes é a inesquecível, deslumbrante e esplêndida Galeria dos Espelhos.
As fotografias certamente não fazem justiça neste lugar.
A experiência de estar no vasto espaço do saguão e ver reflexos de luz, enormes quantidades de ouro e cristal, e imagens infinitamente multiplicadas nos espelhos prateados onde quer que você olhe é totalmente única.
Olhe para cima e você verá pinturas vívidas – 30 no total – espalhadas pelos tetos abobadados da sala. No século XXI, seu significado não é facilmente aparente. Mas os espectadores do século XVII teriam entendido instantaneamente seu propósito: uma celebração das vitórias militares e diplomáticas de Luís XIV.
O evento mais significativo no Salão dos Espelhos aconteceu muito depois que os franceses se livraram da realeza. Em 1919, delegados alemães vieram aqui e assinaram o Tratado de Versalhes diante de representantes da França, Estados Unidos, Reino Unido, Itália e 28 outras nações para encerrar oficialmente a Primeira Guerra Mundial.
Infelizmente, hoje os historiadores consideram que as condições do tratado desencadearam a ascensão do fascismo e a Segunda Guerra Mundial.
Sua visita a Versalhes provavelmente incluirá uma caminhada pelos Apartamentos de Estado do Rei.
Ao explorar os sete quartos suntuosos, você estará seguindo os passos de inúmeros oficiais e soberanos de toda a Europa na época em que Luís XIV recebia visitantes aqui.
Cada suntuosa câmara conta com móveis italianos, pinturas de valor inestimável e lustres de cristal, todos projetados para impressionar.
Mas o rei realmente morava nesses apartamentos? Na verdade, não. Existiam principalmente para fins cerimoniais e entretenimento formal.
Ao entrar no quarto da rainha, você notará imediatamente uma diferença marcante na decoração. Os aposentos do rei apresentavam tons escuros e painéis ornamentados da moda durante o século XVII. Em contraste, esta área praticamente brilha com as estampas florais claras e os tons claros preferidos pela Rainha Maria Antonieta.
O que é notável é a autenticidade do quarto. Os tecidos usados para tapeçarias de parede e cama são cópias exatas dos originais, feitos em Lyon.
Maria Antonieta passava a maior parte do tempo no espaçoso quarto quando estava no Palácio de Versalhes. Ali ela dormia, recebia hóspedes e até deu à luz em uma cama provisória trazida para esse fim específico.
A Capela Real que você vê hoje é na verdade a quinta a ser construída no palácio. Sua construção levou mais de duas décadas, com mais de 110 escultores e outros artistas trabalhando diariamente, e foi concluída em 1710. O mestre organeiro Clicquot projetou o renomado órgão de tubos da Capela.
A Capela atinge 44 metros de altura, sendo assim a parte mais alta do palácio. Como Sainte-Chapelle e outras capelas francesas do palácio, possui dois níveis.
A família real assistia à missa no andar superior, o que lhes dava excelentes vistas de perto dos magníficos tetos e cúpulas pintadas. No entanto, de acordo com o costume da época, outros membros do tribunal e o público assistiam do andar térreo.
Em 1770, Maria Antonieta, de 14 anos, casou-se com o Delfim de 15 anos (mais tarde conhecido como Luís XVI) aqui na frente de mais de 5.000 convidados. Ela usava um vestido com diamantes e pérolas, e ele usava um terno prateado. Após a cerimônia, uma multidão de 200.000 pessoas assistiu aos fogos de artifício no terreno do Estate.
Na época em que o reinado de Luís XV começou após a morte de seu bisavô, o palácio ostentava muitas coisas esplêndidas: 2.143 janelas, 1.252 chaminés, 67 escadarias e espaço suficiente para 3.000 residentes e até 10.000 visitantes.
Mas, para constrangimento de Louis, o Palácio de Versalhes não tinha uma casa de ópera. Assim, apesar das crescentes dificuldades financeiras da França, Louis ordenou a construção da Opéra Real (prioridades né!).
Após sua conclusão em 1770, bem a tempo do casamento de seu filho (o futuro Luís XIV) e Maria Antonieta, tornou-se a maior sala de concertos da Europa.
Hoje, a magnífica Casa da Ópera Real continua a ser usada para balé, concertos e apresentações.
Ao visitar, observe a decoração elaborada, candelabros brilhantes, assentos em camadas e teto espetacular pintado com Apolo. Se você tiver a oportunidade de assistir a uma apresentação, vai adorar a excelente acústica.
Embora Luís XV tenha feito outras alterações no Palácio, como a adição de quartos no sótão para abrigar suas várias amantes, a Ópera Real é a sua maior obra!
Em 1661, o famoso arquiteto paisagista André Le Nôtre iniciou um projeto para transformar totalmente os terrenos selvagens do palácio.
Nos 30 anos seguintes, ele criou jardins formais com caminhos, canteiros, cercas-vivas, espécies de árvores e fontes de água.
Depois de remodelar o terreno, Le Nôtre usou cercas-vivas altas e árvores para criar caminhos com estradas de cascalho.
Dentro dos bosques, ele posicionou estátuas, plantou jardins temáticos e instalou fontes. Um deles, chamado “Ballroom Grove”, contém até um anfiteatro submerso com uma fonte em cascata de 8 níveis.
Quase quatro séculos de revoluções, abandono, tempestades e o tempo cobraram seu preço. Mas, felizmente, os recentes esforços de restauração repararam grande parte dos danos, e os jardins que você desfrutará hoje são muito parecidos com os originais.
Quando você fica com o Palácio às suas costas e olha para a extensa área do jardim, você vê uma grande área arborizado levando seus olhos para o horizonte.
Perto do palácio, você verá grandes faixas de jardins formais ladeados por estátuas. No entanto, os magníficos bosques murados estão escondidos – então, se você quiser vê-los, planeje passar algum tempo explorando o local.
Você pode fazer isso a pé, subindo no trenzinho que circula pelo terreno ou em uma das bicicletas oferecidas para aluguel por hora. Carrinhos de golfe também estão disponíveis para aluguel, mas sensores os limitam aos caminhos principais. No entanto, você pode encostar facilmente, estacionar o carrinho e entrar nos jardins “escondidos“.
Os bosques continuam por toda a extensão do Grande Canal. Além desse ponto, o enorme parque de Versalhes continua a oeste.
O Grande Lago forma um eixo através da paisagem. Começa como um caminho pavimentado de cascalho dividido por uma fonte de 4 níveis. Além do cascalho, há uma extensão de grama chamada “O Grande Carpete”, com estátuas de mármore que revestem as plantas e árvores que formam as paredes dos “Bosques”, os jardins ocultos de Versalhes.
O Grande Canal se estende por quase dois quilômetros e se funde com o horizonte – um dos projetos paisagísticos mais brilhantes de Le Notre.
A parte gramada do Grande Lago termina em uma grande piscina redonda chamada Apolo Basin.
Reserve algum tempo para aproveitar as ofertas recreativas de Versalhes. Reme pelo Grande Canal em um barco a remo. Faça um passeio de carrinho de golfe pelos jardins e explore todos as áreas isoladas. Suba em uma bicicleta para um passeio pelos extensos parques dos Jardins do Palácio de Versalhes. Pegue um pouco de comida no café local e encontre um gramado para um piquenique.
Uma das melhores coisas para fazer no Palácio de Versalhes é assistir ao Show de Fontes e Jardins Musicais em Versalhes.
Durante os Espetáculos das Fontes Musicais, as fontes dos jardins da Herdade estão programadas para jorrar água ao ritmo da música barroca enquanto se passeia pelos caminhos sugeridos. Os shows acontecem aos sábados e domingos da última semana de maio até o final de outubro e no Dia da Bastilha, 14 de julho. Nem todas as fontes estarão ligadas o tempo todo durante o dia devido as questões ambientais. Para ver todas as 32 fontes funcionais em jogo, esteja no jardim no final da tarde entre às 15:30 e 17:30 horas.
Uma versão noturna acontece das 20:30 às 23:05 horas, nas noites de sábado, da segunda semana de junho a meados de setembro e no Dia da Bastilha. Iluminação e efeitos especiais, como lasers, dão vida às fontes. A noite termina com uma fantástica queima de fogos em frente ao Grande Canal.
O espetáculo dos Jardins Musicais dá acesso a bosques e jardins que não costumam ser abertos ao público. Ao caminhar admirando as belas flores, esculturas, topiarias e outros tesouros escondidos, você ouvirá a música barroca flutuando no ar. Os Jardins Musicais acontecem de terça a sexta-feira durante julho (exceto no Dia da Bastilha) e agosto e às terças, quintas e sextas-feiras durante setembro e outubro.
Por mais que Luís XIV amasse o próprio Versalhes, ele se cansou dos protocolos rígidos e da falta de privacidade imposta pela vida na corte. Talvez igualmente importante, ele precisava de um lugar privado para se encontrar com sua amante da época, Madame de Montespan . Então, ele pediu ao arquiteto Jules Hardouin-Mansart que construísse para ele “Um pequeno palácio de mármore rosa e pórfiro, com jardins maravilhosos”.
Embora o pequeno palácio estivesse pronto para uso em 1670, ele se desfez rapidamente, assim como o relacionamento de Luís com sua amante. A segunda construção, concluída em 1688, é o que você vê hoje.
O Grand Trianon tem duas grandes seções divididas por uma longa coluna de estilo italiano especificamente solicitada por Louis. Na verdade, Louis ditou muitos aspectos da encantadora estrutura de um único andar, incluindo as múltiplas janelas do chão ao teto, que agora conhecemos como “portas francesas”. Ele também projetou o palácio de modo que todos os cômodos tenham vista para os jardins cheios de flores perfumadas.
Ao longo dos séculos, o Grand Trianon foi o lar de vários ramos da família de Louis e seus descendentes, Napoleão Bonaparte e sua segunda esposa, e até mesmo o rei Louis-Philippe e sua família após a Restauração.
Napoleão instalou a maior parte da decoração e móveis do Primeiro Império que você verá hoje, já que as peças originais do mandato de Louis foram vendidas durante a Revolução Francesa.
Embora Luís XV tenha construído o Petit Trianon na década de 1760 para sua amante durante esse período, Madame de Pompadour, ela morreu antes que a construção pudesse ser concluída, então sua sucessora, Madame du Barry, morou lá. Um jardim botânico, um arboreto e uma pequena coleção de animais perto do Petit Trianon deram a Louis, um botânico dedicado, um lugar para seguir seu hobby de criar plantas raras.
No entanto, o Petit Trianon está mais intimamente associado a Maria Antonieta, que recebeu como um presente de Luís XVI quando ele ascendeu ao trono em 1774. Eles tinham apenas 19 e 20 anos na época e já sofriam com a realeza restrições do tribunal, pressões e fofocas de julgamento.
O Petit Trianon rapidamente se tornou o refúgio de Maria Antonieta. Ninguém tinha permissão para entrar sem seu consentimento expresso, e ela convidou apenas seus amigos mais próximos – o que aumentou o ressentimento entre a nobreza da corte.
Ela mudou o jardim para um design de estilo inglês mais naturalista, onde Luís XVI gosta de colher suas próprias ervas. Nas proximidades, ela acrescentou um pequeno teatro como local para encenar seus próprios shows e um “Templo do Amor” em estilo grego.
Ela estava em seu jardim em 1789 quando um serviçal trouxe a notícia de que uma multidão armada enfurecida logo chegaria de Paris. Ela, Louis e seus filhos fugiram no dia seguinte, para nunca mais voltar.
O mobiliário, a arte e a ornamentação do Petit Trianon foram vendidos em leilão alguns anos depois, e a propriedade caiu em abandono. O palácio permaneceu sem uso até que Napoleão o renovou como residência para sua irmã Pauline.
Graças a uma extensa restauração há alguns anos, tanto o palácio quanto seus jardins estão novamente lindos.
Graças a artistas e filósofos como Jean-Jacques Rousseau e Diderot, que romantizaram a vida no campo, a criação de uma aldeia rural rústica, tornou-se moda entre a aristocracia francesa do final do século XVIII, que possuía grandes propriedades e tinha fundos suficientes para satisfazer essa visão da “vida simples”.
Maria Antonieta aderiu a esta tendência. Seu pitoresco Hamlet incluía uma dúzia de chalés e edifícios rústicos, incluindo um celeiro, moinho, leiteria e pombal. Embora ela retivesse cinco para seu uso pessoal, ela transformou as outras em uma fazenda que ela administrou junto com um fazendeiro chefe, pastores, jardineiros e trabalhadores. As hortas, vinhedos, pomares e laticínios de Hamlet produziam grande parte da comida consumida no Palácio de Versalhes.
Os esforços de restauração durante os últimos anos trouxeram de volta à vida vários dos edifícios e jardins originais. O Hameau oferece um vislumbre fascinante da encantadora paisagem rural da parte favorita da rainha em Versalhes.
Adultos pagam 20 euros, já estudantes e residentes da União Europeia com até 25 anos não pagam. Entre os meses de novembro e março, a entrada é gratuita no primeiro domingo de cada mês.
O hotel que fica no interior do Palácio de Versalhes tem diárias a partir de 1.700 euros.
Reserve no mínimo 4 horas para visitar o palácio e parte dos jardins.
Segundas as quintas-feiras são os dias de menor movimento.
A alta temporada vai de maio a agosto. Nesses meses espere um alto movimento de turistas.
Recomendamos que pegue a Linha C do RER de Paris para a estação Versalhes Château – Rive Gauche. Os trens circulam regularmente com intervalos de 15 minutos. As estações da linha C no centro de Paris que levam a Versalhes incluem St-Michel, Musée d’Orsay, Invalides, Pont de l’Alma, e Champs de Mars – Tour Eiffel. Veja como funciona o transporte público de Paris.
A compra pode ser realizada no local, mas é recomendado que compre online para evitar filas.
Não é permitido entrar com comida no palácio, contudo, é possível acessar os jardins. No Palácio de Versalhes há restaurantes.
15 milhões.
815 hectares.
Estima-se que em valores atuais 350 bilhões de dólares. Mas não é possível ter certeza sobre esse número.
Se você deseja passar mais de um dia explorando o Palácio de Versalhes, então encontrará ótimos lugares para ficar perto do palácio.
Como bônus, as tarifas são mais baratas do que em Paris, portanto, além da conveniência, hospedar-se em Versalhes é uma maneira inteligente (e fácil) de economizar.
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