A capital argentina é muito bem servida quando o assunto é aeroportos. A cidade possui três ao todo, contudo, apenas um fica realmente no centro, os outros dois, incluíndo o Aeroporto de Buenos Aires El Palomar (EPA), ficam em municípios vizinhos da região metropolitana e para chegar é necessário ter um pouco mais de tempo.
A vantagem do Aeroporto de Buenos Aires El Palomar em relação a Ezeiza e o Aeroparque é que ele possui uma estação de trem apenas 300 metros da entrada. Desse modo, é muito mais fácil chegar até o centro.
Quando viajei a Argentina, desembarquei em El Palomar, aliás se ainda não tem itinerário, confira o roteiro de 5 dias em Buenos Aires que preparei com todas as informações para visitar a cidade.
O Aeroporto El Palomar é utilizado como uma base militar argentina e até pouco tempo atrás ficava restrito aos aviões da força aérea do país. Não se sabe ao certo o porque dele ser aberto a voos comerciais, mas se imagina que a grave crise econômica que assola os hermanos tenha algo com isso.
Fato é que duas companhias aéreas de baixo custo, as chamadas “low cost”, começaram a operar de forma improvisada em um pequeno terminal, que hoje já passa por reformas e uma grande ampliação, com investimentos que devem chegar a quase US$ 2 milhões.
As duas companhias aéreas que atuam nesse momento no Aeroporto El Palomar são:
A uma distância similar ao Aeroporto de Ezeiza do centro de Buenos Aires, o El Palomar tem a vantagem de possuir uma estação de trem com serviços frequentes.
A estação El Palomar fica a 300 metros do aeroporto, onde passa a linha San Martín. Para quem chegando é necessário atravessar a plataforma e tomar o trem com destino a Retiro, a viagem leva cerca de 45 minutos.
O trem também para na estação Palermo, assim se você for se hospedar na região, pode descer antes. A viagem leva 40 minutos nesse caso.
A frequência entre os serviços é de 30 minutos e o app Trenes Argentinos informa sobre os serviços em tempo real.
Lembrando que para utilizar o transporte público em Buenos Aires é necessário obter o cartão SUBE. Uma tarjeta recarregável que pode ser adquirida em qualquer loja de conveniência, chamada de “kiosco” na Argentina. Sempre tem uma ao lado das estações de trem e metrô.
O valor do SUBE é de R$ 6 e as passagens de trem não chegam a R$ 2. Sendo assim, essa é certamente a forma mais barata e rápida para chegar no centro, saindo do Aeroporto El Palomar.
Nota: Não é perigoso andar nos transportes públicos de Buenos Aires, contudo, em horários de pico é normal a ação de batedores de carteira, portanto, tenha cuidado e não deixe nada nos bolsos de trás ou coloque a mochila nas costas com fácil acesso a algo de valor. Em resumo, tenha o mesmo cuidado que teria no Brasil e tudo ficará bem.
Além do trem, que é a forma mais rápida e barata para chegar ou sair do aeroporto, existem outras opções, como os aplicativos Uber e Cabify, que funcionam bem em Buenos Aires e, mesmo pagando IOF, ainda são mais baratos que o uso de táxis. Aliás, esse último é aconselhável evitar, pois turistas geralmente terminam pagando mais e os serviços são piores.
O transfer também é uma opção. Assim que sair na porta de entrada vai ter um ônibus e uma tenda vendendo passagens. Na minha opinião não vale a pena, pois além de ser muito mais caro, o serviço leva mais tempo para chegar no centro. Se quiser saber mais detalhes, pode conferir o site da Manuel Tenda León.
Várias linhas de ônibus coletivos param em frente ao aeroporto, para ir até o centro pegue os números 53, 252, 320 e 182. Lembrando que é necessário ter a tarjeta SUBE para utilizar qualquer transporte coletivo em Buenos Aires.
Apps com o Google Maps e Cómo Llego ajudam a se locomover em Buenos Aires.
El Palomar é um aeroporto pequeno, que possui apenas os terminais de embarque e despacho e bagagem da Flybondi e JetSmart, dois cafés, sendo um antes e outro depois da imigração. Do lado de fora também tem um Food Truck.
Em questão de infraestrutura, possui cadeiras que podem ser insuficientes dependendo do horário e banheiros em boas condições. Também tem rede de Wifi grátis.
O desembarque dos passageiros é realizado na pista, pois o aeroporto não possui reboques e finger (aquelas mangueiras que ligam o terminal a porta da aeronave).
O Aeroporto de Buenos Aires El Palomar certamente vai se tornar mais popular com o aumento de voos low cost, especialmente depois que a Flybondi começou a operar no Brasil, de onde vem a maior parte dos turistas que visitam a Argentina.
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O Aeroporto Internacional El Palomar, situado em Buenos Aires, já não receberá mais voos comerciais. A informação foi confirmada pelo jornal La Nacion, que se baseou em fontes internas do governo argentino. Desde a irrupção da pandemia, o aeroporto suspendeu suas operações e não mostrou sinais de retomada.
As autoridades indicaram que, para assegurar as operações no aeroporto, seriam necessários investimentos robustos, na ordem de AR$ 8 bilhões (aproximadamente R$ 298 milhões). Estes recursos seriam destinados a melhorias e atualizações para estabelecer um padrão mínimo de serviço. No entanto, parece que o governo argentino optou por canalizar tais fundos para aprimorar aeroportos em outras regiões do país.
A confirmação desta desativação é evidenciada pela capacidade de outros aeroportos, como o Aeroparque e o Aeroporto de Ezeiza, de absorverem com facilidade as operações que eram atribuídas a El Palomar.
A mudança de equipamentos da low cost Flybondi de El Palomar foi um indicativo notório da desativação iminente do aeroporto. A referida companhia aérea, que dominava as operações em El Palomar, agora tem suas operações baseadas em Ezeiza.
Como cenário subjacente, observa-se a constante disputa política na Argentina. A estratégia de incentivar o setor aéreo, especialmente através de companhias aéreas de baixo custo, foi uma iniciativa do ex-presidente Maurício Macri. Ele, contudo, foi superado nas urnas pelo atual presidente, Alberto Fernández.
O encerramento das operações em El Palomar representa uma perda para argentinos e visitantes. Sua estrutura simplificada e custos operacionais reduzidos possibilitavam que as companhias aéreas apresentassem tarifas mais acessíveis aos passageiros.
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