Museu do Louvre em Paris: Ingresso, exposições e obras

O Museu do Louvre é o mais famoso e visitado museu de arte no mundo. Suas mais de 500.000 obras, sendo 35.000 abertas aos visitantes (10 milhões anualmente), fazem do Louvre um destino imperdível em Paris.

Localizado no Palácio do Louvre, uma fortaleza construída no século XII, o Museu do Louvre se destaca pelas suas exposições únicas, com obras de artistas como Leonardo da Vinci e sua maior criação – Mona lisa.

As coleções do Museu do Louvre estão divididas em 3 alas do palácio: Richelieu, Sully e Denon; Cobrindo juntas mais de 10.000 anos de história!

É importante visitar o Museu do Louvre já sabendo o que ver e fazer, caso contrário, você terá a sensação de não ter aproveitado a visita, isso porque, somente para ver as obras mais famosas do Louvre é necessário dedicar pelo menos uma tarde completa.

Comprar os ingressos com antecedência também é importante, pois as filas são enormes! Quem adquiriu Paris Pass ou o Paris Museum Pass tem entrada liberada.

Lembrando que o Museu do Louvre não abre as terças-feiras e às sextas-feiras fica aberto até às 21:45 horas, já os demais dias até às 18:00 horas.

Dica Perca-se Descubra-se: 10 atrações imperdíveis em Paris.

Museu do Louvre em Paris: Perguntas e respostas rápidas

Principais exposições do Museu do Louvre

Uma visita ao Museu do Louvre, passando por todas as exposições, levaria no mínimo 3 dias inteiros. Mas sabemos que a maioria das pessoas não tem todo esse tempo, assim como, podem não ter um grande interesse por arte, desse modo, a visita também pode tornar-se cansativa.

O Louvre possui 5 níveis de andares (-2, -1, 0, 1 e 2) e está dividido por 3 alas: Richelieu, Sully e Denon. Você pode baixar o mapa atualizado aqui.

Como não é possível comentar sobre cada exposição e obra de arte (e esse não o objetivo), selecionei aqui 5 destaques do Museu do Louvre, segundo o NY Times.

História da França em Imagens

Ala Denon, Primeiro Andar | Romantismo e Neoclassicismo Franceses | Salas 75 a 77

Nada mais justo do que iniciar a sua visita no Museu do Louvre por uma coleção francesa, onde encontra-se obras-primas do país de diferentes épocas, entre as quais:

• A Coroação de Napoleão (1807) – Pintura do artista francês Jacques-Louis David. A obra retrata o momento da coroação de Napoleão Bonaparte como Imperador da França na Catedral de Notre-Dame, em 2 de dezembro de 1804.
• A Liberdade Guiando o Povo (1830) – Pintura de Eugène Delacroix em comemoração à Revolução de Julho de 1830, com a queda de Carlos X.
• A Balsa da Meduza (1819) – Pintura a óleo executada pelo pintor Théodore Géricault. A obra retrata um momento histórico da França, quando uma fragata com 150 pessoas a bordo afundou e apenas 10 sobreviverem, sendo resgatadas duas semanas depois, sem água ou comida.

Período Helenístico

Ala Sully, Térreo | Salas 16 e 17 e espaço Daru Staircase

Está é a parte mais antiga do Louvre, com obras de mais de 2.000 anos e onde ficam algumas jóias do museu, entre elas:

• Vênus de Milo (II a.C.) – Está obra fascinante foi descoberta na ilha na ilha grega de Milo (em Grego) e embora seus braços nunca tenham sido encontrados, por suas formas sensuais e nudez sugestiva, os estudiosos presumem que ela seja a deusa do amor – Afrodite.
• Vitória de Samotrácia (II a.C.) – Escultura que representa a deusa grega Nice, cujos pedaços foram descobertos em 1863 nas ruínas do Santuário dos grandes deuses de Samotrácia (ilha grega).
• Hermafrodita Dormindo (1620) – Escultura de mármore retratando Hermafrodito em tamanho natural deitado num colchão esculpido pelo artista italiano Gian Lorenzo Bernini em 1620. Essa é uma das obras mais emblemáticas do Louvre, pois retrata a essência da feminilidade quando vista de um lado, e a surpresa da masculinidade do outro.
• Escravo morrendo (1516) – Escultura do artista renascentista italiano Michelangelo,na qual retrata um jovem nu de corpo inteiro, em pé, de beleza extraordinária. O corpo liso e harmonioso é mostrado em pose sinuosa, no momento em que, como num sono profundo, é levado pela morte, pondo fim à sua luta pela existência. (Ala Denon, Sala 4).
• Psique Reanimada pelo Beijo do Amor (1793) – Escultura do artista italiano Antonio Canova, considerada uma obra-prima do estilo neoclássico. (Ala Denon, Sala 4).

Tesouros do Renascimento Italiano

Ala Denon, Primeiro Andar | Pinturas Italianas | Salas 1 a 8

É nessa ala que fica a pintura mais famosa do mundo – Mona Lisa – Obra-prima do artista Leonardo da Vinci. Portanto, se você não tiver tempo para mais nada, é aqui o lugar que você precisa visitar no Louvre.

Iniciando pela sala 1 e seguindo até a 3, em direção a “Grande Galerie” onde está a maior e mais longa sala do Museu do Louvre, no caminho não deixa de prestigiar os dois grandes afrescos de Botticelli.

• Mona Lisa (1503) – Também conhecida como A Gioconda ou ainda Mona Lisa del Giocondo é a mais notável e conhecida obra de Leonardo da Vinci, um dos mais eminentes homens do Renascimento italiano. É provável que exista uma pequena aglomeração de pessoas, tentando pegar o melhor ângulo do pequeno, mas mundialmente famoso quadro da Mona Lisa.
• Retrato de Baldassare Castiglione (1515) –  Pintura a óleo atribuída ao pintor italiano do alto renascimento Rafael. Considerado um dos grandes retratos do Renascimento.
• Concerto Pastoral (1509) – Pintura a óleo do mestre renascentista italiano Ticiano.

Viajar no Nilo

Ala Sully, Térreo | Galerias Egípcias | Salas 1 a 14

Não é só na entrada principal do Louvre que lembramos do Egito. Visto que o museu possui uma enorme coleção de antiguidades egípcias, composta por mais de 66.000 artefatos, com quase 7.000 deles em exibição em 35 salas na Ala Sully. Portanto, se tiver tempo, não deixa de visitar essa parte do museu, tenho certeza que vai se surpreender!

• Grande Esfinge de Tanis (2.600 a.C.) – Esta enorme estátua com cabeça humana e corpo de leão, tem nada menos do que 12 toneladas, tendo sido descoberta nas ruínas do Templo de Amon-Ra em Tanis, capital do Egito durante a 21ª Dinastia e a 23ª Dinastia.
• Rameses II (1.213 a.C.) – Estátua do terceiro faraó egípcio da décima nona dinastia.
• Sala do Sarcófago – Uma grande vitrine de vidro onde estão expostas diversas múmias em suas caixas.

Rembrandt & Vermeer

Ala Richelieu, Segundo Andar | Pinturas do norte da Europa | Salas 30 e 39

A Idade de Ouro Holandesa, quando os países baixos ganharam destaque no comércio, ciência e também nas artes, é representada no Museu do Louvre pelos artistas Rembrandt e Vermeer, além de outros mestres holandeses como Peter Paul Rubens, Frans Hals e Jan Steen.

• Betsabá e seu banho (1654) – Pintura a óleo do artista holandês Rembrandt. Uma representação ao mesmo tempo sensual e empática, mostra um momento da história do Antigo Testamento relatada em 2 Samuel 11 em que o rei Davi vê Bate-Seba tomando banho e, em transe, a engravida.
• O Astrónomo (1668) – Pintura a óleo sobre tela do mestre holandês Johannes Vermeer.
• A Rezadeira (1670) – Pintura do artista holandês Johannes Vermeer. A obra mostra uma jovem de corpete amarelo, segurando um par de bilros na mão esquerda enquanto coloca cuidadosamente um alfinete no travesseiro em que está fazendo sua renda.

Exposições do Louvre fora do circuito turístico

O Museu do Louvre recebe milhares de visitantes todos os dias, mas nem todas as alas ficam lotadas, isso porque grande parte das pessoas ficam nas exposições mais populares e acabam deixando de lado as demais, que embora menos prestigiada, também merecem uma visita.

Veja algumas jóias do Louvre fora do circuito turístico que vale uma visita:

• Louvre medieval (Pavillon de l’Horloge) – Essa parte do museu mostra a fundação do Palácio do Louvre, onde antes era o fosso da água.
• Sala das Pinturas de Ingres (Ala Sully | 1º andar) – Na sala 60 você encontrará obras neoclássicas de Jean-Auguste-Dominique Ingres, o pintor francês do século XIX que era fascinado pela forma feminina. Entre os destaques estão “A Banhista de Valpinçon” (1808) e “O Banho turco” (1862).
• Obras-primas do início da Europa do Norte (Ala Richelieu | 2º andar) – Encontre obras-primas do holandês Hieronymus Bosch, entre elas a famosa pintura “Navio dos Loucos”(1500).
• Naturezas mortas de Chardin (Ala Sully | 2º andar) – Há um conjunto fantástico de pinturas de natureza morta de Jean-Baptiste-Siméon Chardin nas salas 38 e 39, entre elas “The Ray” (1726).

Enquanto admira milhares de pinturas e esculturas, não se esqueça de ver o próprio Louvre

O Louvre fica em um palácio, ou seja, o lugar em si já uma atração. Suas centenas de salas e imensos corredores tem muita história e arte para descobrir, por isso, enquanto estiver visitando, não esqueça de olhar o próprio Louvre!

• Galerie d’Apollon (Ala Danon | 1º andar) – Os arcos altos e os imensos afrescos nas paredes são verdadeiras obras-primas.
• Galerias islâmicas (Ala Denon | Térreo e -1º) – Uma das alas mais novas do Louvre, construída em 2012, esta seção é composta por dois andares subterrâneos com um telhado dourado e ondulado conhecido como “véu”, que permite a entrada de luz filtrada e cria um espaço tranquilo e contemplativo que é particularmente agradável para explorar a cultura islâmica.
• Apartamentos de Napoleão (Ala Richelieu | 1º andar) – Os antigos aposentos de Napoleão III abrangem várias salas do museum e foram construídos pelos arquitetos Louis Visconti e Hector LeFeul na década de 1850. Ainda é extraordinário observar o elevado estilo ao qual o imperador estava habituado, sobretudo na Sala 87, o espectacular “Grand Salon”, com as suas cadeiras de veludo vermelho, teto pintado com afrescos e molduras douradas, assim como a sala de jantar rococó, com a sua mesa que acomoda quase 100 pessoas.
• Tribunal de Marly (Ala Richelieu | Térreo e -1º) – Este extraordinário pátio de esculturas repleto de mármore branco e obras de pedra costumava ser um pátio ao ar livre entre o Tribunal Napoleônico e a Rue de Rivoli, mas foi coberto com um telhado de vidro em 1989 durante o redesenho do Louvre pelo arquiteto Ieoh Ming Pei (que desenhou a pirâmide onde fica a entrada principal do museu).

Não é preciso deixar as crianças em casa para curtir o Louvre

Ao contrário de muitos museus modernos, o Louvre não possui áreas de lazer ou centros de atividades dedicados às crianças, mas isso não significa que você não deva trazê-las. Há muito para os pequenos verem e explorarem, e terem experiências que serão levadas por toda a vida. Dependendo da idade da criança, planeje sua viagem para durar de uma a duas horas. Outra razão para trazer as crianças é a entrada gratuita para visitantes menores de 18 anos.

O guia de áudio do museu inclui um programa de jogos da Nintendo (em inglês) projetado para ajudar as crianças a aproveitar a ala egípcia, que é muito divertida para visitantes com mais de 5 anos.

Outro espaço fantástico para as crianças explorarem são as fundações do antigo castelo no Pavillon de l’Horloge, onde é possível encontrar as marcas deixadas pelos pedreiros que construíram o castelo nos tempos medievais – como corações e cruzes.

Dica: Carrinhos e cangurus estão disponíveis gratuitamente na área de atendimento ao visitante.

Dicas finais para você aproveitar ao máximo o Museu do Louvre

• Compre seu ingresso online na Get Your Guide e evite filas!
• Chegue cedo para evitar aglomerações! O museu abre às 9:00 horas e fica lotado depois das 13:00 horas.
• Há opção de ingresso com áudio-guia, no entanto só recomendo se você realmente gosta de arte e está a fim conhecer mais sobre a história e estiver com tempo. Além disso, você ficará preso em um roteiro predefinido.
• Entre uma e outra exposição aproveite para tomar um café e comer um croissant em um dos muitos cafés espalhados pelo Louvre.
• Todo museu está coberto por rede Wi-Fi gratuito ‘Louvre_Wifi_Gratuit‘.
• O museu tem loja de lembrancinhas, além de livraria e um espaço juvenil.
• Você pode conhecer o Louvre sem sair de casa fazendo uma visita virtual.
• Veja nossas dicas do transporte público de Paris e como economizar em Paris.

Visitar o Museu do Louvre pelo menos uma vez, sem dúvida, é uma experiência incrível e que vale a pena! Portanto, não deixe essa atração de fora do seu roteiro em Paris.

Não esqueça

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