O que fazer em Cracóvia, uma das cidades mais bonitas e vibrantes do leste europeu, repleta de história e cultura!
Cracóvia, que anteriormente, foi capital da Polônia, é uma das cidades mais antigas do país. Exemplo disso, está em sua arquitetura, com belas construções em estilo gótico, barroco e renascentista. Aliás, o centro antigo da cidade, foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade em 1978 pela UNESCO.
Minha decisão de incluir Cracóvia em meu roteiro pelo Leste Europeu partiu, primeiramente, pelo fato da cidade estar apenas 70km do Campo de Concentração de Auschwitz, um lugar que sempre quis visitar.
Todavia, depois que pesquisei um pouco mais sobre a cidade, percebi que existiam muitas atracões interessantes, que de fato, me surpreenderam, tornando este, um dos lugares mais marcantes que visitei no leste europeu.
Leia também: Roteiro de 3 dias em Cracóvia.
Dessa forma, escrevi esse artigo sobre o que fazer em Cracóvia, com dicas das principais atrações da cidade e o que você não pode deixar de visitar, caso tenha a oportunidade de viajar a Polônia.
Há muito o que fazer em Cracóvia e a melhor forma de visitar todos os lugares e ainda economizar é adquirindo o Krakow City Card, que da acesso exclusivo a mais de 40 museus e outras atracões turísticas da cidade, como a Fábrica de Oskar Schindler e a Basílica de Santa Maria.
Disponível em versões de dois e três dias, esse passe vale muito a pena, pois a partir de 28 euros, você vai ter acesso livre a maior parte dos lugares de Cracóvia.
Além disso, o Krakow City Card inclui o transporte público da cidade de forma ilimitada.
Em uma lista com o que fazer em Cracóvia, estes são os principais lugares para colocar no roteiro:
Apesar do Campo de Concentração de Auschwitz-Birkenau estar a cerca de 70km de Cracóvia, a cidade serve como base, para quem visita o lugar.
Acredito que este seja o local mais marcante que já visitei. Isso porque, Auschwitz foi o maior centro de extermínio de pessoas que já existiu. Apesar de não existirem dados concretos, sobre o número de assassinatos, calcula-se que pelo menos 1.3 milhões, foram mortos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, nesse lugar.
A visita é bastante triste e pesada, porém, considero de extrema importância que o local continue aberto, para que todos possam conhecer e dessa forma, não deixem que o passado se repetir.
No artigo “Como ir de Cracóvia até Auschwitz“, eu contei todos os detalhes de como chegar lá.
As Minas de Sal de Wieliczka estão entre as atracões mais visitadas da Polônia, com quase um milhão de visitantes ao ano. Os primeiros relatos de exploração datam do século XIII, sendo que, somente pararam de ser exploradas em 2017.
Um dos maiores destaques da visita é a Catedral Subterrânea de Sal, a 327 metros de profundidade. Ao todo, são mais de 300 quilômetros de túneis, onde encontram-se capelas e esculturas feitas de puro sal.
Existem diferentes visitas que podem ser realizadas nas minas, que ficam a 15km de Cracóvia. Sendo que, a forma mais barata, é pegar o ônibus normal do transporte público, da linha 304, ou ainda um trem, na Estação Central. O valor da entrada é de 89 PLN. Outra opção, que custa apenas alguns euros a mais, é fazer um tour guiado, disponível em inglês. Confira opções abaixo.
Em uma lista com o que fazer em Cracóvia não pode faltar uma caminhada pela Cidade Velha. Explorar esse espaço a pé é um “must do”, enquanto estiver visitando, isso porque, o local é repleto de prédios históricos, que remetem ao período medieval da Polônia.
A Praça do Mercado é considerada a maior praça medieval da Europa, com mais de 40.000 metros quadrados. Construída em 1257, o lugar passou por diversos períodos da história polonesa, chegando inclusive a se chamar Adolf Hitler Platz, durante a Segunda Guerra Mundial.
A Basílica de Santa Maria fica na Praça do Mercado, dentro da Cidade Velha de Cracóvia. A característica de maior destaque dessa construção são as suas duas torres, de tamanhos diferentes. A visita, custa 10 PLN, incluindo a subida nas torres.
Ao lado da Basílica de Santa Maria, essa é a única parte que sobrou da antiga prefeitura da cidade. A Torre tem 70 metros de altura e pode ser acessada a pé, através de 110 degraus de pedra. O valor da entrada é de 9 PLN.
Uma das mais antigas da Polônia. Esta pequena igreja fica na Praça do Mercado e foi construída no século X, onde segundo a lenda, São Adalberto fazia seus sermões.
A Barbacana é a Torre de Defesa, que protegia a entrada de Cracóvia. Apesar de não ser muito grande, vale a pena conhecer, pois, é uma das poucas construções de estilo medieval que se mantém conservadas. O valor do ingresso é de 8 PLN.
A Porta de São Floriano dava acesso a Cidade Velha de Cracóvia na idade média.
O Castelo de Wawel é a maior construção de Cracóvia. Fica na Colina de Wawel, as margens do Rio Vïstula. Em estilo gótico, o lugar serviu de residência para os reis da Polônia, até a mudança da capital para Varsóvia.
A Catedral de Wawel fica no interior do Castelo, de mesmo nome. No seu interior, estão enterrados 39, dos 45 reias que governaram Cracóvia, enquanto a cidade era a capital da Polônia (1038 e 1569).
Carol Wojtyla foi bispo de Cracóvia, antes de se tornar o Papa João Paulo II, em 1978. Em sua homenagem existe uma exposição permanente no Museu Arquidiocesano. Se acaso quiser visitar, a entrada custa apenas 5 PLN.
Segundo contam as lendas, o Dragão de Wawel vivia na colina, onde hoje fica o castelo, e devorava as pessoas da cidade. Contudo, ninguém sabia como acabar com ele, foi então que um pobre sapateiro, decidiu rechear a pele de um cordeiro com enxofre. Após o dragão comer, teria ficado com muita sede e tomado toda a água do rio vístula, e por consequência explodido.
Atualmente é possível visitar a caverna do dragão nos meses de verão, que tem saída para o rio Vístula, onde também fica uma estátua do mesmo, que solta fogo pela boca a cada 5 minutos.
Existem diversas opções de atracões no interior do Palácio Real, entre as que você não pode deixar de ver, estão:
Dica: Se você visitar nas segundas-feiras de abril até outubro, entre às 9:30 e 13:00 horas, como também, nos domingos de dezembro até março, entre às 10:00 e 16:00 horas, a entrada é gratuita. Do mesmo modo, se quiser conferir mais maneiras de salvar o seu tão suado dinheirinho, confira o artigo – Como economizar dinheiro em Cracóvia.
Para quem gosta de história e quer saber mais sobre a vida dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, pode visitar o Bairro Kazimierz. Segundo relatos, mais de 70 mil judeus moravam nesse lugar, sendo portanto, a maior comunidade judaica da Polônia.
Quando os nazistas invadiram a Polônia, os judeus logo passaram a ser perseguidos, sendo amontoados no Gueto Podgórze e proibidos de sair dali.
Atualmente o bairro vem sendo restaurado e passou a se tornar uma zona alternativa de Cracóvia. Vários bares e restaurantes abriram no local, além disso, o lugar tem uma ótima vida noturna.
Na minha opinião vale muito a pena visitar o bairro e explorar a história do local, que guarda outras atracões, como o Museu Judaico e as 7 Sinagogas.
Provavelmente você já assistiu ou pelo menos ouviu falar no filme “A Lista de Schindler”, sucesso de Steven Spielberg. Pois ele foi inspirado na antiga fábrica de panelas de Oskar Schindler, um empresário alemão, que salvou mais de 1.200 judeus, dando empregos para os mesmos, durante a ocupação nazista na Polônia.
Atualmente, onde funcionava a antiga fábrica, fica um museu, com a exposição permanente intitulada “Cracóvia sob a Ocupação Nazi entre 1939 e 1945”.
O ingresso custa 24 PLN. As segundas-feiras, com exceção da primeira de cada mês, a entrada é gratuita.
Um cinturão verde que rodeia o Centro Antigo de Cracóvia. O Parque Planty é um espaço agradável de 21 hectares, com diversos jardins, ao logo dos seus 8km de longitude.
Cracóvia é a cidade com maior numero de universitários da Polônia, sendo que, o Collegium Maius, é o mais antigo do país, fundado em 1400. Esse lugar é famoso, por ter entre seus estudantes, ninguém menos do que Nicolau Copérnico.
Em arquitetura gótica, o Collegium Maius é um dos melhores lugares para explorar em Cracóvia. Além disso, no seu interior, fica o Museu da Universidade Jagellonia, que possui uma extensa coleção de instrumentos históricos utilizados pela astronomia, metrologia, cartografia, física e química. Se acaso quiser visitar as salas, a entrada custa 12 PLN.
A forte influência judaico-cristã se faz presente em Cracóvia, com uma grande diversidade de igrejas, basílicas e sinagogas, confira abaixo, as principais que se podem visitar.
A Igreja de São Pedro e São Paulo foi construída em 1597, em estilo barroco e tem como um de seus maiores destaques, uma imponente fachada.
Localizada no bairro judeu de Kazimierz, a Basílica de Corpus Christi é um dos templos mais belos de Cracóvia. Em estilo barroco, construído de tijolos a vista, sem dúvida, é um lugar que vale a pena adicionar no seu roteiro.
Embora existam diversas Sinagogas em Cracóvia, essa em especial, se destaca, por ser a primeira construída, no século XV, por judeus, vindos da República Checa.
A Velha Sinagoga abriga outra atração, a coleção judaica do Museu Histórico de Cracóvia. A entrada custa 10 PLN.
Apesar de pequena, a Sinagoga de Remuh guarda fatos importantes da história dos judeus na Polônia. Ao seu lado, fica o cemitério, que ainda tem em seus lápides as escritas originais em hebreu, do século XVI.
A Sinagoga Tempel é a mais moderna de Cracóvia. Algo que desagradou muitos judeus ortodoxos da época. Isso porque, seu interior é bem colorido, algo incomum, em construções desse tipo. Além de funções religiosas, atualmente acontecem concertos de música no local. A entrada custa 5 PLN.
Enquanto as outras sinagogas foram construídas por comunidades de judeus que migraram para Polônia, a Sinagoga de Isaac, foi construída pelo banqueiro Isaac, conhecido como o “rico“. Fato esse, que acabou por dar nome ao lugar.
Essa é a maior Sinagoga de Cracóvia, que também abriga uma exposição sobre o gueto judeu de Kazimierz. O valor da entrada é de 10 PLN.
Construída em estilo barroco em 1643, está é a mais modesta das Sinagogas da cidade. Pois, após a invasão de Cracóvia pelos nazistas, a mesma foi saqueada e parcialmente destruída. Atualmente serve para celebração de alguns eventos religiosos. A entrada custa 3 PLN.
Conhecida como a “Sinagoga Alta“, por sua sala de orações estar localizada no segundo andar do edifício. Assim como outros monumentos, Wysoka também foi praticamente destruída pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial. A entrada custa 9 PLN.
Localizada no antigo bairro socialista de Cracóvia, a Igreja de Nowa Huta levou muitos anos para ficar pronta, isso porque, as autoridades na época, não autorizavam a construção de monumentos religiosos.
Seu formato, totalmente diferente, especialmente para os moldes de uma igreja, é o que mais chama a atenção.
Um dos templos mais importantes da igreja católica na cidade é a Basílica de Santa Trindade, posto que, foi construída por monges dominicanos depois da invasão tártara, em estilo neogótico.
Um templo religioso de quase mil anos de idade, que resistiu a diversas guerras no passado. Sendo que, um dos detalhes mais interessantes da Igreja de Santo André, é o Pêndulo de Foucault, no seu interior.
Se você gosta de arte e história, vai se encantar por Cracóvia. Isso porque, a cidade possui diversos museus e galerias, dos mais variados temas.
O Quartel General da Gestapo foi durante a Segunda Guerra um local de terror para os judeus e todos que contrapunham-se ao regime nazista da época, pois, nesse lugar aconteciam os mais terríveis tipos de tortura, enquanto eram interrogados. A entrada custa 5 PLN.
Assim como a Fábrica de Schindler, a Farmácia da Águia teve um papel importante na história dos judeus, durante a Segunda Guerra Mundial. Isso porque, o dono do lugar, que tinha a loja no Gueto de Podgórze, decidiu ficar, mesmo tendo a opção de mover-se, depois que os judeus começaram a ser amontoados no lugar e a serem perseguidos pelos nazistas.
Durante os tempos mais difíceis, foi na farmácia que os judeus conseguiram ajuda médica. Atualmente no local, existe uma exposição sobre a aniquilação do povo judaico no bairro. O ingresso para visitar custa 10 PLN.
Para quem gosta de aviões, o Museu Polaco de Aviação é um dos maiores do mundo, desse tipo. Fica localizado, onde antes, era o aeroporto de Cracóvia. Apesar de ficar longe do centro, sem dúvida, vale muito a pena visitar. Entre os objetos da sua coleção, estão aeronaves da Primeira e Segunda Guerra Mundial, assim como, armamentos da Guerra Fria. A entrada custa 15 PLN.
O Museu Czartoryski conta a história de Cracóvia. Fundado em 1796, pela então princesa Izabela Czartoryski, com a intenção de manter vivo o passado polaco. Ao passo que, uma das obras mais famosas do lugar é o quadro “A Dama do Arminho” de Leonardo da Vinci. O ingresso custa 17 PLN.
Localizada na Praça do Mercado, a Galeria de Arte Polaca do Século XIX, guarda inúmeros objetos de diferentes épocas da história da Polônia. Vale a pena visitar, se você se interessa pelo assunto. Além disso, do terraço, é possível ter uma ótima vista da praça. O ingresso sai por 16 PLN.
O Museu de Engenharia Urbana é voltando para quem gosta de veículos e trens antigos. O ingresso custa 15 PLN.
Se acaso, você estiver visitando o bairro Kazimierz, vale a pena dar uma conferida no Museu Etnográfico, que possui mais de 80.000 peças em seu acervo. O valor do ingresso é de 13 PLN, com entrada gratuita aos domingos.
Esse lugar conta a história dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Fica no bairro de Kazimierz e a entrada custa 16 PLN.
Um museu interativo, que fica a quatro metros de profundidade da Praça do Mercado. O Rynek Underground conta a história de Cracóvia, durante os seus mais 1000 anos de existência. O ingresso custa 19 PLN, sendo que, as terças-feiras, a entrada é gratuita.
O Museu Nacional da Cracóvia é recomendado para os que se interessam por arte polaca do século XX, ou seja, pouco interessante, para a maioria das pessoas. A entrada custa 10 PLN, grátis aos domingos.
Por último, o Museu Arqueológico de Cracóvia, é o mais antigo da Polônia, fundado em 1850. Sua coleção conta com mais de 500.000 peças, que vão do período paleolítico até a época moderna. A entrada custa 10 PLN, sendo que, aos domingos, é gratuita.
Inegavelmente, Cracóvia é uma das cidades mais belas do leste europeu. Sua história e cultura fazem deste, um dos lugares mais surpreendentes que já visitei. Sem dúvidas, vale muito a pena conhecer e explorar o lugar.
Portanto, se você tiver a oportunidade, não deixe de adicionar a cidade ao seu roteiro. Por fim, se ficou com alguma dúvida sobre o que fazer em Cracóvia, deixe um comentário abaixo, e caso ainda não possua itinerário, confira o roteiro de 3 dias em Cracóvia. Um grande abraço e nos vemos por aí #pelomundo 😉.
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