O Brasil passa por uma nova fase na aviação. Mudanças na legislação e abertura para empresas voarem com 100% de capital estrangeiro, tem aumentando o número de companhias de baixo custo, as chamadas “low cost” no país.
Ao passo que essa notícia é extremamente boa para os viajantes, principalmente os menos abastados, também permanecem algumas dúvidas sobre as diferenças entre uma aérea convencional e uma “low cost”. Pois, apesar de ambas terem como objetivo voar de um ponto A a outro B, existem algumas diferenças pontuais, que podem fazer toda diferença na hora de comprar a passagem.
Em geral, companhias aéreas de baixo custo tem passagens com valores menores, quando comparadas as convencionais. Isso ocorre através de cortes em pessoal, serviços de bordo, redução da bagagem gratuita, entre outros fatores.
Desse modo, é normal que surjam dúvidas e criem-se alguns mitos sobre as razões das passagens aéreas serem tão baixos. Para acabar com eles, aqui vão 7 fatos sobre as companhias aéreas de baixo custo “low cost” que você deveria saber antes de voar!
Leia também: Quais as companhias aéreas mais baratas para voar.
1. Companhias aéreas de baixo custo “low cost” são mais perigosas para voar
Um grande mito!
Companhias aéreas de baixo custo são tão seguras quanto as convencionais. Visto que nenhuma empresa arriscaria perder uma aeronave e indenizar dezenas ou centenas de famílias para economizar com a manutenção dos aviões. Outrossim, a reputação de empresas que se envolvem em desastres aéreos é devastada. Evitar acidentes não é bondade e sim puro capitalismo!
Em uma pesquisa rápida, é possível descobrir que as empresas não são perigosas pelo preço das passagens, mas sim pela sua localização.
Os cortes das companhias aéreas de baixo custo são em bagagens, pessoal, serviços extras e cobrança de bagagens, nunca em manutenção ou contratação de pessoal menos qualificado.
2. Você vai precisar pagar pela sua bagagem
Um dos principais fatos sobre as companhias aéreas de baixo custo “low cost” que você deveria saber é que todas cobram pela bagagem. Lembre-se: bagagem = peso = consumo de combustível, ou seja, quanto mais você levar, maior será o valor da passagem.
Em geral é permitido uma pequena mala de mão com até 7kg, contudo, algumas companhias não oferecem nada, nem mesmo uma bolsa feminina. No Brasil, as regras mudaram em 2017 e atualmente as companhias aéreas são obrigadas a liberar uma bagagem com até 10kg e dimensões máximas de 55cm x 35 cm x 25 cm nos voos nacionais e internacionais.
Como a regra varia de acordo com o país e a companhia aérea, é sempre importe checar na hora da compra qual o máximo de bagagem permitida e caso você pretenda levar um peso maior, compre com antecedência, pois comprar na hora vai sair MUITO mais caro.
Dica: compre uma balança para mala. Custa apenas R$ 10,00 e você garante que não vai ultrapassar o limite de bagagem.
3. Esqueça o serviço de bordo gratuito
Além do seu lugar, todo o resto será cobrado, incluído qualquer lanche, café, refrigerante, ou mesmo água. Esqueça o serviço de bordo das antigas companhias convencionais e todo o prestígio que já existiu em voar.
Lembrando que mesmo em voos longos, entre um país e outro, nada é servido gratuitamente. Um exemplo disso é o voo da AirAsia de Sydney até Singapura, que leva nove horas, sem nem mesmo água gratuita.
Minha dica é levar a sua própria comida, caso estiver pensando em economizar ao voar. Barras de proteína e lanches prontos são a melhor escolha. Igualmente, sempre leve uma garrafa de água reutilizável, pois a maioria dos aeroportos possui bebedouros com água potável.
4. Faça o check-in online
Normalmente o check-in pode ser realizado 48 horas antes do voo e fica aberto até duas horas faltando para partida; E enquanto a maioria das companhias aéreas permite que o mesmo seja feito no aeroporto sem custos, nas empresas de baixo custo ele será cobrado, sendo que em muitos casos, o valor é maior do que a própria passagem. Isso porque um dos grandes cortes das low costs é com despesas de pessoal, assim quanto mais serviços automatizados, menor será a necessidade de funcionários.
Dica: algumas companhias aéreas de baixo custo cobram extras pelo uso de determinados cartões de crédito. Confira as bandeiras que não possuem taxas e veja se existe a opção de pagar com o PayPal.
5. O aeroporto poderá ficar longe do seu destino
Um dos fatos mais comuns sobre as companhias aéreas de baixo custo “low cost” são que as empresas muitas vezes operam em aeroportos secundários e que podem ficar distantes do destino planejado.
Isso acontece devido ao fato de aeroportos secundários terem custos menores de operação, assim como taxas de embarque reduzidas. Um exemplo disso são os voos da Ryanair em Londres, onde a companhia utiliza o Aeroporto de Stansted como base, que está distante 60km do centro. Só para ter uma ideia, a passagem de trem mais barata custa £ 18,90 para chegar na cidade, ou seja, é provável que o voo seja mais econômico do que o transfer!
Para não ter surpresas, a minha dica é sempre conferir o aeroporto de destino e verificar a distância do mesmo. Em alguns casos pode ser melhor pagar um pouco mais na passagem, mas economizar no translado até o centro depois.
6. Companhias aéreas de baixo custo tem aviões mais simples
Um dos últimos fatos sobre companhias aéreas de baixo custo é sobre as suas aeronaves. Logo na entrada você vai notar que não existe primeira classe e os assentos são muito próximos uns dos outros. Igualmente os aviões não possuem sistema de entretenimento, como telas para filmes, séries e música. Desse modo, trazer algo para passar o tempo, como um livro ou tablet, pode ser uma boa ideia.
Dica: pergunte se os assentos de emergência estão ocupados. Caso não, se candidate para ocupar esses lugares, pois o espaço entre as poltronas é maior.
7. Os serviços das companhias aéreas de baixo custo podem ser melhores, piores ou iguais as tradicionais
Atualmente não existem mais tantas vantagens em voar com as companhias aéreas tradicionais, visto que a venda de passagens online ajudou os viajantes a buscarem os melhores preços e forçou uma maior competição nos ares.
Sendo assim, tirando o fato da bagagem reduzida, check-in online, refeições (que não é lá essas coisas nas tradicionais), talvez aeroportos mais distantes e por último aeronaves mais simples, não há outras diferenças.
Igualmente, as companhias aéreas de baixo custo tem que lidar com os mesmos problemas das tradicionais, como cancelamento de voos, extravio de bagagem, entre outros percalços, que estão amparados pela legislação aérea. Desse modo, você não precisa ter medo de voar com as empresas low cost!
Companhias aéreas de baixo custo são sempre mais baratas?
Quase sempre, mas nem sempre!
De fato as companhias aéreas de baixo custo tem preços realmente atrativos e praticamente impossíveis de serem encontrados em outras empresas. Contudo, esses valores se elevam ao passo que o voo vai lotando. Desse modo, as últimas passagens, geralmente próximas da data da viagem, costumam custar o mesmo valor das companhias tradicionais ou mais.
Sendo assim, a última dica é sempre planejar e comprar sua passagem com antecendência. Esse é certamente o jeito mais fácil de economizar ao voar.
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